Benjamin Franklin.
É difícil encontrar uma palavra para definir Benjamin Franklin. A princípio, imaginava tratar-se de um político de carreira, mas constatei que isso não é verdade. A vida pública de Franklin apenas ganhou importância após sua aposentadoria como Impressor.
Talvez a melhor definição seja Editor. Depois de deixar sua cidade natal, Boston, Franklin mudou-se para Pensilvânia, onde estabeleceu-se como Tipógrafo e Editor de jornais. Realizava muitas publicações e mantinha colunas através de pseudônimos. Destas, a mais popular foi o almanaque “Pobre Ricardo”, onde Franklin defendia as virtudes que considerava admiráveis.
Diferentemente de muitos políticos americanos, a família de Franklin tem origem trabalhadora. Seu pai, comerciante inglês de cera de vela, imigrou para Boston no final do século XVIII, onde casou-se e teve filhos. Benjamin não era o mais velho, por isso acabou sendo influenciado pelo irmão a seguir a carreira de Impressor. Durante a adolescência, chegou a trabalhar como entregador de jornal para seu irmão, posteriormente começou a contribuir com algumas colunas, mas após desentendimentos familiares, decidiu mudar-se para Pensilvânia.
Na Pensilvânia Franklin consolidou-se como Editor. Além disso, fundou a Sociedade Filosófica da Pensilvânia e a Universidade da Pensilvânia. Sempre possuiu muito interesse pelo conhecimento e descobertas científicas. Tinha como hobby alguns experimentos, dos quais o mais famoso foi a invenção do para raios. Tal curiosidade científica é típica do momento em que viveu, onde o Movimento Iluminista estava em seu auge.
Por ter um espírito comunicativo, curioso e desbravador, as publicações de Franklin, assim como seus esforços em estabelecer associações comunitárias, levaram-no a ganhar popularidade nos debates e estâncias públicas. Os Estados Unidos ainda eram colônia inglesa, mas o desejo de emancipação mostrava-se cada vez mais forte em meio à sociedade americana.
Após aposentar-se como Editor, Franklin ocupou alguns cargos públicos. Possuía grande habilidades argumentativa e conciliadora, um conjunto difícil de ser encontrado em uma personalidade. Estabelecia diálogos tanto com grupos legalistas (pró-ingleses) como revolucionários. Por esses e outros motivos foi frequentemente escolhido para ser o representante dos Estados Unidos na Europa (Inglaterra e França).
Mesmo distanciando-se da carreira de Editor, Franklin nunca deixou de escrever contribuições para jornais e revistas acadêmicas. Na Europa, teve oportunidade de conviver com políticos, nobres e filósofos, incluindo Auguste Comte e David Hume, que certamente influenciaram suas crenças políticas. Foi peça fundamental na Revolução Americana, especialmente na negociação da aliança francesa contra a ressitência inglesa em conceder a independência aos Estados Unidos.
Ler a biografia de Franklin foi conhecer mais sobre uma personalidade inspiradora. Em suma, a grande lição que tirei da leitura foi: ser desbravador(a) e aventureiro(a) na juventude; diligente e assertivo(a) na maturidade; e tolerante e indulgente na melhor idade.
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