Ler "A Condição Humana" de Hannah Arendt é um exercício de reflexão crítica, repleto de ricas referências e conceitos. Trata-se de uma obra complexa e esta resenha pode conter equívocos de interpretação, afinal, foi elaborada por uma mera humana mortal.
Ao buscar compreender no que consiste a experiência de ser humano, de forma plena, Arendt critica à inversão de valores empreendida pela filosofia moderna e tenta resgatar valores essenciais da filosofia clássica greco-romana, pré-cristã, em busca de respostas. Em termos gerais, ela defende que os seres humanos transitam entre duas esferas da vida: a ativa e a contemplativa.
A vida ativa (vitalidade) representa a capacidade dos indivíduos de realizarem atividades, que dividem-se em:
O trabalho (animal laborans) é comum a todos os animais, são as exigências fisiológicas para manter o corpo em funcionamento. Portanto, enquanto há vida, há trabalho.;
A obra (homo faber) é a capacidade do homem, como ser racional, criar artifícios não naturais, a partir das matérias-primas extraídas da natureza e de sua capacidade imaginativa e cognitiva. Ou seja, tanto um artesão como um poeta produzem obras: são criações humanas, não naturais, artificiais.
A ação (homo politicus) é a atividade pela qual os homens afirmam sua identidade para os demais, na esfera pública (pólis). Para a autora, uma vida exclusivamente privada não atende à condição humana. A realidade mundana, natural, precisa ser compartilhada para ser real. Somente os lunáticos vivem em realidades particulares, existentes apenas dentro de si mesmos.
"o trabalho, que corresponde à vida biológica do homem enquanto animal; a obra, que corresponde ao mundo artificial de objetos que os seres humanos erigem sobre a Terra; e a ação, que corresponde a nossa pluralidade enquanto indivíduos distintos" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 962-963).
"E tudo o que os homens fazem, sabem ou experimentam só tem sentido na medida em que se possa falar sobre" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 1215-1216).
A vida contemplativa (humanidade) inclui os prazeres, a política e a filosofia. Essas são as formas de transcendência dos homens, mortais, à imortalidade da Terra (mundanidade). Representa uma transcendência não religiosa, independente de promessas e penitências, acessível a qualquer ser verdadeiramente humano, capaz de atingir um estágio de suficiente tranquilidade, conexão, com sua própria essência. Tal essência é, ao mesmo tempo, individual para cada um e compartilhada entre todos: os antigos a definiam como sendo "a verdade". Aqui é necessária cautela com o termo. A verdade, no sentido utilizado, não é algo absoluto e imutável. Pelo contrário, cada ser em si possui a sua verdade, a sua essência, mas todos os seres humanos são capazes de conhecê-la. Portanto, a verdade é algo privado e compartilhado; íntimo e comunitário.
Após apresentar esses conceitos, Hannah Arendt avalia negativamente a evolução da filosofia clássica, pela cristã, até a moderna. Para a autora, o pensamento moderno está degenerado e restringe o acesso à condição humana (ou verdade) para a maior parte dos indivíduos. A construção dos argumentos que suportam essa visão representa a essência do livro. Tentarei, por meio de trechos comentados, resumi-los, buscando com isso despertar o interesse para a leitura completa da obra. A experiência é quase "transcendental", recomendo.
Hannah Arendt argumenta, antes de tudo, que a ação (domínio público) é a única forma de alcançar plena humanidade. Portanto, a diversidade/ pluridade é parte essencial da política, do discurso e da ação. Ao mesmo tempo, reconhece que as consequências desencadeadas por uma única ação são imprevisíveis e potencialmente intermináveis. Isso se dá porque as circunstâncias contingenciais, as experiências de vida e os comportamentos pessoais (virtudes e paixões) tornam cada indivíduo único, e, assim sendo, não há como prever todas as atitudes e os seus resultados. Em outras palavras, as ações não são como a obra, realizadas em ambiente controlado e isolado, estão inseridas na esfera pública, sujeiras à interferência de outras ações e variáveis impossíveis de serem completamente mapeadas, medidas e compreendidas.
"Platão teria razão ao recomendar que não levássemos muito a sério o domínio dos assuntos humanos, pois aí operamos como marionetes de algum deus" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 492-493).
Portanto, a ação (vida política) não pode ser "mecanizada" ou "planificada", como o trabalho e a obra podem, por serem passíveis de ocorrer no domínio privado, isoladamente. Qualquer esforço nesse sentido está condenado ao fracasso, pois seria necessário eliminar a diversidade e assumir a existência de apenas comportamentos/ processos determinados. Ao fazer isso, a diversidade, inerente à condição humana, é excluída. Os indivíduos deixam de ser humanos para serem autômatos.
"Conceber a política como produção consiste em ignorar na teoria a pluralidade humana e, na prática, em coagir indivíduos" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 1004-1005).
A capacidade humana de agir implica poder. A partir da ação, na esfera política, os homens definem e organizam a vida em sociedade. Por esse motivo, ainda que não possa ser planificada, a ação deve ser realizada de forma responsável. A impossibilidade de prever com certeza inquestionável as consequências das ações humanas não justifica a isenção de responsabilidade. Por isso, a ação não pode ser desvinculada do discurso, do exercício de persuasão, da responsabilidade de prometer e da capacidade de perdoar.
"Visto que a lacuna entre poder e responsabilidade parece mais ampla que nunca, sua recordação da capacidade humana para a ação e sua tentativa de 'pensar o que estamos fazendo' são particularmente oportunas" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 1093-1094).
O exercício de pensar a própria ação é o que os antigos assumiam como filosofia.
"É devido a esta 'aleatoriedade' da ação entre atores plurais que os filósofos políticos desde Platão sempre tentaram substituir a ação por um modelo de política conforme à produção de uma obra de arte" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 1111-1112).
A ideia de uma natureza humana é inconcebível para Arendt, pois os seres humanos, diferentemente de certos fenômenos naturais, não podem ser explicados por "leis universais", justamente pela impossibilidade de mapear todas as possíveis consequências de suas ações.
"Por outro lado, as condições da existência humana – a vida, a natalidade e a mortalidade, a mundanidade, a pluralidade e a Terra – jamais podem 'explicar' o que somos ou responder à pergunta sobre quem somos, pela simples razão de que jamais nos condicionam de modo absoluto" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 1321-1323).
O final da Idade Antiga e a ascensão da Idade Média marcou a transição da filosofia clássica greco-romana para a filosofia cristã. Enquanto na antiguidade a ação era a atividade mais nobre da vida ativa, no período medievo a obra assume esse patamar. Disso decorre a sobreposição do domínio privado sobre o público; pois, diferentemente da ação, a obra é realizada em isolamento.
A plenitude humana deixa de ser uma capacidade ativa, atingida por meio da ação no domínio público. Torna-se recompensa, passiva, por uma vida de servilismo, segundo o modelo religioso da "vida boa" (vida eterna, paraíso). Portanto, dependente de misericórdia de entidades sobrenaturais.
A vida contemplativa deixa de ser compreendida como a elevação do pensamento ao estado de tranquilidade - onde a compreensão da imortalidade da Terra é revelada aos mortais. A verdade é apropriada por instituições e ideologias, sendo restrita apenas aos escolhidos, que serão promovidos à eternidade, caso mereçam. De certa forma, é uma estratégia de dominação (poder) que busca prescindir da arena pública, onde a persuasão, o discurso e a convivência com a pluralidade de "verdades" são insuperáveis.
"A queda do Império Romano demonstrou claramente que nenhuma obra de mãos mortais pode ser imortal, e foi acompanhada pela promoção do evangelho cristão, que pregava uma vida individual eterna, à posição de religião exclusiva da humanidade ocidental. Juntas, ambas tornavam fútil e desnecessária qualquer busca de imortalidade terrena; e conseguiram tão bem transformar a 'vita activa' e o 'bios politikos' em servos da contemplação que nem mesmo a ascendência do secular na era moderna e a concomitante inversão da hierarquia tradicional entre ação e contemplação foram suficientes para resgatar do oblívio a procura da imortalidade que, originalmente, fora a fonte e o centro da 'vita activa'" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 1468-1473).
Neste sentido, Arendt entende que a filosofia cristã é apolítica, pois não admite a pluridade. Há o caminho "certo" e o "errado". Os comportamentos são escriturados e impostos, sem margem para divergência, e os seus resultados representam meras promessas, impossíveis de experimentação pelos sentidos.
"Ser político, viver em uma pólis, significava que tudo era decidido mediante palavras e persuasão, e não força e violência" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 1635-1636).
A filosofia cristã transfere o valor da experiência humana do amor ao mundo real (Terra) - político, compartilhado, natural e material - para o divino (paraíso) - individual, conhecido apenas pela fé, sobrenatural e intangível. A natureza perde sua importância para o indivíduo (potencialmente divino, filho de Deus), e as vida ativa passa a ser pensada em termos de fins e meios (instrumentalidade).
Na filosofia clássica greco-romana a transcendência consistia na revelação da imortalidade mundana ao homem mortal, por meio do exercício do pensamento e da reflexão profunda: a compreensão da natureza (Terra, abrigo imortal dos seres) era o fim em si mesmo.
"Quem ingressasse no domínio político deveria, em primeiro lugar, estar disposto a arriscar a própria vida; o excessivo amor à vida era um obstáculo à liberdade e sinal inconfundível de servilismo" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 1765-1766).
De forma semelhante, a filosofia moderna também concebe o valor da experiência humana em termos instrumentalistas. Ao tratar todos os homens como iguais, o Estado de Direito define padrões de comportamento aceitáveis para os "cidadãos", cria a mesma pretensão homogeneizante da filosofia cristã, empobrecendo o domínio político (ação e discurso). No entanto, a atividade considerada mais elevada é o trabalho: os indivíduos são definidos pela sua produtividade. Nessa concepção, a plenitude humana é alcançada por meio do trabalho e do consumo, processos cíclicos e intermináveis.
"Essa igualdade moderna, baseada no conformismo inerente à sociedade, e que só é possível porque o comportamento substituiu a ação como principal forma de relação humana, difere, em todos os seus aspectos, da igualdade dos tempos antigos, e especialmente da igualdade na cidade-Estado grega" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 1849-1851).
O crescimento populacional desbloqueado pela capacidade de produção da Revolução Industrial tornou inviável os mecanismos capazes de sustentar a diversidade crescente da sociedade de massas no domínio público (pólis). Os conceitos modernos de justiça e igualdade são consequência da impossibilidade de garantir a capacidade de ação (acesso ao domínio público) para todos.
"Politicamente, isso significa que, quanto maior é a população de qualquer corpo político, maior é a probabilidade de que o social, e não o político, constitua o domínio público [...] A triste verdade acerca do behaviorismo e da validade de suas 'leis' é que, quanto mais pessoas existem, maior é a possibilidade de que se comportem e menor a possibilidade de que tolerem o não-comportamento." (ARENDT, Hannah, 1958, posição 1871-1899).
Independente de qual atividade da vida ativa é a mais valorizada pelo pensamento político, satisfazer a vida contemplativa é o que dá sentido à existência (condição humana). Entretanto, para Arendt, é impossível satisfazer a vida contemplativa por meio do trabalho ou da obra, pois nessas duas atividades o homem atua isoladamente, no domínio familiar, privado.
Posto de outra maneira: quando volta-se para si mesmo, buscando a salvação ou a satisfação dos apetites, os indivíduos não conseguem superar sua mortalidade. Apenas quando voltam-se para o domínio público, onde conhecem as experiências dos demais com a realidade, por meio do discurso e da ação, os seres humanos conseguem atingir a compreensão da imortalidade da mundanidade, que perpetua a própria humanidade, apesar da mortalidade dos indivíduos, isoladamente.
"O fato é que a capacidade humana de vida no mundo implica sempre uma capacidade de transcender e alienar-se dos processos da vida, enquanto a vitalidade e a vivacidade só podem ser conservadas na medida em que os homens se disponham a arcar com o ônus, as fadigas e as penas da vida" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 3416-3418).
Ao estruturar o conhecimento em termos instrumentalistas (fins e meios), as filosofias medieval e moderna buscam conhecer os produtos, os agentes e seus processos de forma isolada, sujeitos à princípios e leis próprias. A ciência moderna, desde Descartes, adota como ponto de partida a dúvida, a desconfiança. Somente o que pode ser compreendido e replicado pela razão pode ser científico e, assim, contribuir para a pretensão de controle/ previsão de todas as consequências da ação humana. Segundo essas correntes de pensamento, aquilo que se perpetua como imortal comporta-se sempre da mesma maneira, não sofre alteração. Tudo que não pode ser "racionalizado" não é imortal, pois não satisfaz a necessidade de transcendência da vida contemplativa.
"Essa revelação de “quem” em contraposição a “o que” alguém é – os dons, qualidades, talentos e defeitos que se podem exibir ou ocultar –, está implícita em tudo o que esse alguém diz ou faz [...] é quase certo que o “quem” que aparece tão clara e inconfundivelmente para os outros, permanece oculto para a própria pessoa, à semelhança do 'daimōn', na religião grega, que acompanha cada homem durante toda sua vida, sempre observando por detrás, por cima de seus ombros, de sorte que só era visível para aqueles que ele encontrava" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 5029-5035).
Para Arendt, o poder não é a capacidade de controle e previsão, como defende a filosofia moderna, na tentativa de emancipar o ser humano da natureza, mas sim a capacidade de imaginar e construir modelos de realidades alternativas, persuadir outros a aderirem ao mesmo sonho e atuar conjuntamente (politicamente) no intuito de implementá-los.
"O poder só é efetivado onde a palavra e o ato não se divorciam, onde as palavras não são vazias e os atos não são brutais, onde as palavras não são empregadas para velar intenções, mas para desvelar realidades, e os atos não são usados para violar e destruir, mas para estabelecer relações e criar novas realidades" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 5365-5368).
Reduzir o homem apenas ao trabalho ou a obra, atividades típicas do domínio privado, onde processos e resultados podem ser controlados e planificados, significa privar os indivíduos de sua condição humana, tornar inacessível a vida contemplativa.
"A uniformidade predominante em uma sociedade que se baseia no trabalho e no consumo, e que se manifesta em sua conformidade, tem íntima conexão com a experiência somática de trabalhar em conjunto, na qual o ritmo biológico do trabalho une de tal forma o grupo de trabalhadores a ponto de cada um poder sentir que não é mais um indivíduo, mas um com os outros [...] Essa unificação de muitos em um só é basicamente antipolítica: é o exato oposto da convivência que prevalece nas comunidades comerciais ou políticas" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 5590-5598).
Conceber o domínio público (dinâmico, instável) na lógica do domínio privado (controlável, previsível) é a causa do surgimento de modelos totalitários, no pensamento arendtiano.
"Enquanto acreditarmos que lidamos com fins e meios no domínio político, não poderemos impedir que alguém recorra a todos os meios para alcançar fins reconhecidos" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 5822-5824).
A filosofia clássica greco-romana é política e distingue as atividades humanas entre aquelas que podem ser exercidas no domínio privado (trabalho e obra) e aquela que apenas é possível no domínio público (ação). Somente por meio da ação os seres humanos conseguem satisfazer a vida contemplativa (prazeres, política e filosofia). Ao restringir a experiência humana ao domínio privado, a condição humana torna-se inacessível para a grande maioria, que segue modelos puramente racionais, porém não-humanos. Para que exista o domínio público é necessário tolerar a diversidade e, para tanto, o respeito é elemento essencial.
"Como a 'philia politikē' aristotélica, o respeito é uma espécie de 'amizade' sem intimidade ou proximidade; é uma consideração pela pessoa desde a distância que o espaço do mundo coloca entre nós, consideração que independe de qualidades que possamos admirar ou de realizações que possamos ter em alta conta [...] Assim, a moderna perda do respeito, ou melhor, a convicção de que só se deve respeito ao que se admira ou se preza, constitui claro sintoma da crescente despersonalização da vida pública e social" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 6038-6042).
A restrição do domínio público à poucos impede os indivíduos de experimentem a realidade, visto que estão restritos à própria experiência (como os lunáticos). Cada qual vive em seu próprio "infinito particular", onde a mortalidade não pode ser superada e, consequentemente, não existe propósito relevante para a existência.
"O que os homens têm agora em comum não é o mundo, mas a estrutura de suas mentes, e isso eles não podem, a rigor, ter em comum; o que pode ocorrer é apenas que a faculdade de raciocínio seja a mesma para todos" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 7014-7016).
A excessiva racionalização da ciência moderna, que desconfia de tudo que não pode ser replicado artificialmente ou compreendido em termos de leis absolutas, não liberta tampouco empodera os seres humanos. Ao contrário, condena-os a vivenciar as frustrações constantes: a destruição de suas obras; a banalização de seu trabalho; e a incapacidade de agir frente ao desconhecido (domínio público).
"A convicção de que a verdade objetiva não é dada ao homem e que ele só pode conhecer aquilo que ele mesmo faz não advém do ceticismo, mas de uma descoberta demonstrável e, portanto, não leva à resignação, mas a uma atividade redobrada ou ao desespero" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 7173-7175).
Assim como a era cristã, a era moderna não foi capaz de satisfazer a condição humana (bem supremo, boa nova) nem de facilitar o acesso de mais indivíduos ao estado da vida contemplativa. Isso ocorreu porque inverteram-se as prioridades. As atividades do domínio privado (trabalho e obra) preponderam em detrimento do domínio público (ação).
"Seja como for, a era moderna continuou a operar sob a premissa de que a vida, e não o mundo, é o bem supremo do homem" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 7583-7584).
"Pois a “boa-nova” cristã da imortalidade da vida humana individual invertera a antiga relação entre o homem e o mundo, promovendo aquilo que era mais mortal, a vida humana, à posição de imortalidade ocupada até então pelo cosmo" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 7516-7517).
Finalmente, Arendt conclui:
"Digam o que disserem a sociologia, a psicologia e a antropologia acerca do 'animal social' os homens persistem em produzir, fabricar e construir, embora essas faculdades se limitem cada vez mais aos talentos do artista, de sorte que as concomitantes experiências de mundanidade escapam cada vez mais ao alcance da experiência humana comum" (ARENDT, Hannah, 1958, posição 7671-7673).
Se você sobreviveu até aqui, ou apenas navegou para ver qual era o final da história, obrigada! Sentir-se confuso e perdido lendo a filosofia arendtiana é natural. Na figura abaixo, busquei reunir os principais conceitos de forma gráfica, para contribuir para uma melhor compreensão.
Edição de Referência
Arendt, Hannah (1906-1975). A condição humana / Hannah Arendt, 1958 ; tradução Roberto Raposo; revisão técnica e apresentação Adriano Correia. – 13ª edição. Rio de Janeiro : Forense Universitária, 2020.
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