Tem se tornado uma tradição pessoal encerrar o ano com post de retrospectiva, compartilhando os melhores achados de conteúdo no período. Em 2022, não farei diferente. Vamos aos pódios dos melhores!
Li menos do que gostaria este ano, consequentemente, publiquei menos resenhas. Mas não deixei de ler. E o pódio ficou assim:
Rir é o melhor remédio, já diz a sabedoria popular. No entanto, piadas nem sempre são apenas piadas, as anedotas que este livro traz são acompanhadas de duas seções adicionais: "lições de vida" e "mais que uma piada". Comprei o livro na promoção do Amazon Prime Day, em julho. Li em uma semana. Em agosto, comprei outro exemplar para dar de presente nos dias dos pais. Ele gostou tanto ou mais do que eu, e comprou mais um para seu amigo de infância. O amigo, que não tem o costume de ler, terminou a leitura em tempo recorde. O livro é fácil, cada capítulo possui de 3 a 5 páginas e eles não precisam ser lidos em sequência. Ou seja, está comprovado, o livro agrada públicos diversos. Excelente pedida para amigo secreto.
Li esta imortal da Academia Brasileira de Letras pela primeira vez em 2021, a obra Ciranda de Pedra. Imediatamente tornei-me fã e admiradora. Infelizmente, em 2022 ela partiu, deixando sua cadeira 16 para Jorge Caldeira (outro autor que admiro profundamente, mais conhecido pela biografia do Barão de Mauá; há poucos anos publicou aquele que considero ser o melhor livro de História Econômica Brasileira: História da Riqueza no Brasil. Fechando este parêntesis, voltemos à Lygia).
Em uma palestra de 2010 concedida na Livraria da Vila no Rio de Janeiro, a autora deixou escapar que considerava seu melhor livro a coletânea de pequenos textos (A Disciplina do Amor), registrados em formado de diário, que mistura ficção e memória. Textos curtos, mas muito profundos, que ficam dias sendo digeridos pelas leitoras melancólicas como eu.
Este ano fiz uma transição de carreira importante. Como toda mudança, trouxe grande dose de entusiasmo com as novas possibilidades; e outra de insegurança, frente aos diferentes desafios. Em 2021, já havia realizado o teste do Instituto Gallup e conheci a filosofia dos pontos fortes de Don Clifton, mas não havia realizado a leitura do livro, apenas do relatório dos meus resultados. Recomendo a leitura para aqueles que estão iniciando desafios profissionais e/ou gerentes de equipe. A obra nos provoca a olhar para as qualidades em nós e nos outros, e a partir daí compreender funções e atividades mais adequadas para cada perfil. Desta leitura existe uma resenha publicada em outro blog mantido por mim, confira clicando aqui.
Existe uma tendência global de transformação das estruturas familiares, entre as principais estão: 1. a redução do número de filhos por mulher; e 2. o aumento de lares unipessoais. Faço parte das duas, com gosto. Em parte, por disto, considero podcasts excelentes companhias para faxina, exercícios, refeições, rotinas de cuidados pessoais... enfim, eles agregam valor a minha “solitude”. Os destaques em 2022 foram:
Este podcast compartilha resenhas de um blog muito mais antigo mantido pela anfitriã. Como fiquei feliz de descobri-lo. A Ligia é uma pessoa com um astral altíssimo, um currículo exemplar e uma simpatia que contagia mesmo a muitos quilômetros de distância (ela é brasileira, mas mora na Alemanha). Virei fã, tiete, admito! Quando crescer, quero ser igual. Tem resenhas de livros dos mais diversos gêneros: romances, negócios, ciências, história, futurismo, olha... o rol é grande. Como o nome sugere: tem episódios em áudio, posts escritos e recomendações para todas as cores.
Prova viva de que o rádio não morreu, apenas se transformou. O apresentador resgata programas antigos do acervo do Grupo Bandeirantes. Entrevistas com autores, artistas, políticos, esportistas, e mais. Registro de momentos marcantes da história e seus protagonistas e discursos. Uma curadoria muito bem-feita das “memórias” de uma empresa pioneira do jornalismo no Brasil. Para os mais experientes, testemunhas saudosas dessas eras; e para os mais novos, curiosos: qualquer um sedento por conteúdo de qualidade.
Um pé na história e outro nas tendências para o futuro. Os episódios deste podcast recebem grupos de convidados “mão na massa”, ou seja, gente normal, que não possui todas as respostas, e aprende fazendo. Predomina um tom descontraído e informal, diferencial em relação a outros programas populares sobre mercado, finanças e tecnologia. O clima é de conversa e troca de experiências e o formato se distancia de “palavras do especialista”. Não possuo nada contra seminários, publicações e programas científicos, onde a estrutura de palestra é mais adequada. No entanto, quando o assunto é tendências para futuros, eu prefiro escutar opiniões e apostas do que diagnósticos e pesquisas.
Não assinei o Netflix este ano, para reduzir o tempo gasto em frente à TV. Funcionou parcialmente, troquei séries e filmes por canais do YouTube e algumas opções do Prime Vídeo, incluídas na assinatura da Amazon. Como de costume, dei prioridade para produções nacionais (ou com elenco brasileiro), para sair um pouco da bolha do show business hollywoodiano. Costumo ter gostos para TV categorizados por astral: nos dias de muito estresse, algo leve; nos dias de mais tranquilidade, algo intelectualmente estimulante. Assistam os trailers e/ou teasers:
Para dar risadas: A Culpa é do Cabral – a partir da temporada 4, no Prime Video;
Para enobrecer o espírito: Literatura Fundamental, do canal da UNIVESP no YouTube;
Para maratonar de pijama: A Sentença, no Prime Video;
Para despertar a curiosidade (baseado em fatos): El Presidente.
Preferências musicais são muito pessoais e polêmicas. Para conhecer novos horizontes, tenho explorado as “rádios” que o Spotify cria a partir de artistas e faixas específicas, agregando músicas que seguem o mesmo estilo. Além disso, tenho pedido nas redes sociais recomendações e/ou contribuírem para playlists colaborativas, boas surpresas surgiram. Meu gosto musical não mudou muito ao longo do tempo, mas as coleções preferidas deste ano foram (mais uma vez, repertório nacional, para valorizar o lado bom do Brasil):
1. R&B nacional, com destaque para Iza, para fica bem relax em casa, com um vinho e uma boa companhia.
2. Forró, dos clássicos aos modernos, para matar saudade das festas de São João, a melhor época do ano no Brasil, e dançar na sala.
3. Clássicos do Samba, para transformar a melancolia em alegria. Já que a tristeza não tem fim, ao menos tem trilha sonora.